Gabriel Mota é um adolescente com autismo que estuda na Escola Coopelg e conseguiu realizar seu grande sonho de entrar para a faculdade no curso que tanto quis, ciência da computação.
“A Escola Coopelg se sente honrada com o mérito conquistado pelo Gabriel, um adolescente de 17 anos, diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista), cursou todo o ensino médio nesta escola onde encontrou uma equipe de profissionais que aprendeu a lidar com o autismo e procurou apoiá-lo em vários momentos durante seu processo de aprendizagem.” – Disse Marjoíres Ribeiro, em nome da COOPELG.
“O resultado do esforço, determinação e disciplina do Gabriel, é um exemplo de que nenhuma dificuldade ou transtorno é impedimento para chegar em um nível mais elevado. Esse mérito é também da sua mãe Diolena, que com garra e dedicação sempre procurou investir em profissionais que o ajudassem a desenvolver mais e melhor as suas habilidades, tornando-se mais independente.” _ Ressaltou a equipe da escola.
A mãe de Gabriel Mota agradeceu toda equipe de profissionais que auxiliaram e acompanharam seu filho durante essa jornada estudantil.
“Gabriel, é muito esforçado, inteligente, com dificuldades na interação social e com as disciplinas de exatas. Foi um caminho muito longo até chegarmos ao ENEM. Contamos com uma equipe de profissionais que nos ajudaram: Não poderia deixar de citar a Fonoaudióloga Dra Raveny, que acompanhou bem no início do Diagnóstico. Psicóloga (Fernanda Medeiros), Psicopedagoga (Marjoires) e os professores da Escola Coopelg.” – Disse Diolena Mota.
Em tom de felicidade e orgulho por um trabalho em equipe realizado com sucesso, a equipe da Escola Coopelg reiterou:
“O sonho de ingressar na Universidade Federal do Piauí (UFPI), contou com muitos esforços, foi um trabalho e uma construção de muito tempo. Agora desejamos sucesso nessa nova etapa estudantil. Gabriel, você será luz por onde passar, a equipe Coopelg estará sempre na torcida por você.”
Em contato com a nossa reportagem a mãe de Gabriel Matos falou sobre seu sentimento com a conquista do seu filho e revelou qual foi a maior dificuldade quanto ao processo de educação.
“Como mãe, me sinto feliz e realizada. Gabriel, passou exatamente para o curso que sempre sonhou. Minha missão era tornar esse sonho possível, e assim foi feito. Nunca deixei que o sonho de entrar numa faculdade parecesse algo distante de ser realizado. O Autismo não era um impedimento pra que ele cursasse um ensino superior. Sempre acreditei que era possível. Gabriel tem potencial e eu não medi esforços para que esse potencial fosse reconhecido. O processo foi longo, as vezes dolorido e desacreditado por muitos, mas Deus nos conduziu. Meu filho ainda vai alçar voos maiores, estarei ao seu lado sempre.”
“Sem dúvidas, a maior dificuldade, é falta de conhecimento e capacitação de muitos profissionais na área da educação. Encontramos muitos que não sabiam lidar com um aluno do espectro autismo, dentro da sala de aula, assim dificultando o desenvolvimento. Até algum tempo atrás, não se ouvia falar de autismo, por isso não havia capacitação na área, mas, agora, é algo presente na nossa realidade. Um segundo ponto importante, é a falta de inclusão dentro do contexto escolar, que vai além da matrícula.”
Reprodução Portal do Gurgueia