Emissões de notas fiscais em várias partes do país são afetadas por chuvas no RS

Um problema técnico na Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul está causando instabilidade nos sistemas fiscais de todo o país

Alguns serviços do Sefaz, como emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), seguem instáveis em vários estados do Brasil desde o começo da semana.  O estado oferece a estrutura para autorização e processamento dos dados desses serviços, mas precisou fechar data centers por conta das chuvas e enchentes, no estado do Rio Grande do Sul.

Diante dessa situação, os transportadores conveniados estão enfrentando dificuldades para cumprir suas obrigações fiscais. A orientação é abrir um chamado na TERESA, atendente virtual da Secretaria da Fazenda do Piauí, solicitando liberação e anexando em PDF o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDFe) contendo os Conhecimentos de Transporte Eletrônicos (CTEs) da carga.

Além disso, é necessário que os contribuintes sejam avisados de que as cobranças serão feitas posteriormente e devem ser pagas para evitar pendências e irregularidades.

Humberto Lopes, presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí (SINDICAPI), expressou preocupação com a gravidade da situação. Ele ressaltou que a SEFAZ-RS é responsável por disponibilizar os dados de todas as notas e documentos eletrônicos que circulam pelo Brasil, afetando diretamente as operações comerciais em 17 estados.

“A CEFAS do Rio Grande do Sul é quem nos dá essa possibilidade de validar todas ou não essas notas. Então, como nós temos esse convênio, não são todas empresas. Foi aberto uma exceção pelo fato de a gente ter esse convênio com a secretaria da Fazenda. Em conversa, nós, o sindicato e o pessoal da CEFAS, chegamos a esse acordo. Então, nós vamos esperar esses três dias que a previsão é que essa semana se resolva isso. Porque eles estão transferindo todos esses dados, estão tentando transferir todos esses dados para as nuvens, e assim fica mais fácil a gente regularizar. Mas estão trabalhando e a chuva continua.”

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Humberto Lopes, Presidente do SINDICAPI

O presidente ainda enfatizou que, embora algumas empresas conveniadas tenham a possibilidade de entregar as mercadorias e manter os documentos de transporte, a situação precisa ser resolvida com urgência, pois está afetando significativamente as atividades econômicas em diversos setores, como o de móveis, tecidos e alimentos.

“A previsão não é boa também, porque as consequências disso é muito grande. Estamos com estradas cortadas, e temos uma frota do Rio Grande do Sul, que é considerada a metade da frota entre São Paulo e Rio Grande do Sul. Ou seja, representam aqui 80% da frota do Brasil. O Piauí não tem frota, ainda é muito reduzida pois se concentra mais no serrado. Então a nossa perspectiva não é boa sinceramente, estamos até com essa dúvida de todo mundo, sem saber por onde começar e qualquer outra informação. Porque temos que ver que o Rio Grande do Sul é um estado muito grande, que tem uma produção muito alta. As indústrias, metalúrgicas, todas estão paradas. Está debaixo d’água. E isso não é coisa pra se resolver logo” ressalta o presidente.

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Humberto Lopes, Presidente do SINDICAPI

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