O ex companheiro da vítima é apontado como o principal suspeito do crime
A diarista Mauricélia Rodrigues de Lima, de 36 anos, que estava desaparecida desde o dia 23 de agosto, foi encontrada morta na manhã deste sábado (07), em uma área de mata no povoado Gameleira, zona rural de Timon-MA.
Um vaqueiro que buscava um animal avistou urubus sobrevoando e encontrou uma cova rasa com o braço de uma pessoa exposto. Sabendo do desaparecimento, avisou os familiares, que reconheceram a vítima pelas roupas. A polícia recolheu o corpo, e o familiar foi chamado para fazer o reconhecimento oficial.
A informação foi confirmada por Veridiana Rodrigues, irmã da vítima, ao jornalismo da Band Piauí. O corpo foi localizado por um morador da região, que acionou a polícia. A área foi isolada para os trabalhos da perícia e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Timon.
Mauricélia, que morava em Timon-MA, foi sequestrada após sair do trabalho no bairro Saci, na zona sul de Teresina. O principal suspeito do crime é seu ex-companheiro, Francisco Nelson Cardoso de Castro, com quem ela tem uma filha de três anos. Francisco não aceitava o fim do relacionamento e havia feito repetidas ameaças de morte contra a diarista.
Imagens de câmeras de segurança mostram Mauricélia entrando de forma tranquila em um carro branco, veículo que foi alugado por Francisco dias antes do desaparecimento. A polícia também obteve registros de Nelson próximo ao local onde a diarista foi vista pela última vez, reforçando as suspeitas de seu envolvimento direto no crime.
Segundo familiares, o relacionamento entre Mauricélia e Francisco era marcado por agressões e ameaças. Dois meses antes de seu desaparecimento, a diarista sofreu uma tentativa de homicídio, sendo atingida por disparos na perna. A família, desde então, suspeitava do envolvimento de Francisco.
No dia 23 de agosto pouco tempo antes de desaparecer, Mauricelia gravou um vídeo na casa onde trabalhava e enviou para a mãe , um dos o últimos registros feito por ela. A família registrou um boletim de ocorrência e o caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa de Timon.
O suspeito prestou depoimento no início da semana, mas negou o crime e foi liberado. No entanto, diante das evidências, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva, e Francisco segue foragido. A família de Mauricélia pede por justiça.