Motoristas e cobradores iniciam greve e transporte público é paralisado

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial congelado há três anos , além de melhorias em benefícios como ticket-alimentação e auxílio-saúde

 

A semana começou com paralisação no transporte público de Teresina. Motoristas e cobradores iniciaram nesta segunda-feira (12) uma greve geral. Desde as primeiras horas da manhã, pontos de ônibus ficaram lotados, e vans cadastradas pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) começaram a circular como alternativa emergencial.

Esses veículos alternativos, regulamentados pela Prefeitura de Teresina, estão identificados com um adesivo de autorização e cobram uma tarifa única de R$ 4. No entanto, o serviço não contempla o direito à meia passagem para estudantes nem gratuidade para outros grupos beneficiados por lei.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial congelado há três anos , além de melhorias em benefícios como ticket-alimentação e auxílio-saúde.

Na última sexta-feira (9), a categoria já havia realizado duas paralisações ao longo do dia como forma de alerta. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), a Strans chegou a pedir que os motoristas não cruzassem os braços no sábado, comprometendo-se a discutir as demandas. No entanto, segundo o sindicato, nenhuma proposta oficial foi apresentada.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) chegou a oferecer um reajuste para os motoristas, condicionado à retirada dos cobradores dos ônibus proposta que foi recusada pelo Sintetro.

Ainda na sexta-feira, a Strans deu início ao cadastramento emergencial de veículos particulares para reforçar a frota durante o período da greve, buscando amenizar os transtornos para a população.

Em nota, o Setut informou que ingressou com uma medida cautelar na Justiça do Trabalho solicitando a manutenção de 100% da frota nos horários de pico e 89% nos demais períodos. A desembargadora Liana Ferraz de Carvalho, no entanto, determinou que 80% dos veículos operem nos horários de maior demanda (das 6h às 9h e das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira), e 40% nos demais períodos. Em caso de descumprimento, a multa estipulada é de R$ 50 mil por dia.

Deixe um comentário

Veja também...