Abril verde: Notificações de acidentes de trabalho crescem 17,3% no Piauí

Levantamento feito pelo Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) aponta o crescimento de 17,3% no número de notificações de acidentes de trabalho, em 2022, em relação à 2021. No ano passado, foram 2,180 notificações, contra 1857, registradas em 2021. O levantamento foi feito baseado nos dados da Plataforma SmartLab.

Ainda, de acordo com os dados, o número de mortes de trabalhadores em decorrência de acidentes de trabalho também registrou aumento. Foram 21 óbitos, em 2022, contra 19 mortes em 2021, um incremento de 9,5%. Os números alimentam o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho e se baseiam nas comunicações de acidentes de trabalho ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A capital, Teresina concentra a maioria das notificações, com 64% dos registros. Em seguida vem Parnaíba (5%), União (3%), Picos (3%) e Floriano (2%). A Coordenadora Regional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat) do MPT-PI, Procuradora Maria Elena Rêgo, explica que os dados das notificações são fundamentais para que se articulem políticas preventivas contra acidentes de trabalho. “São com esses dados que podemos atuar de forma mais firme e também baseada na realidade de cada estado e/ou município para evitar que tenhamos nossos trabalhadores afastados ou até mesmo perdendo a vida por situações evitáveis”, comentou.

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Agora em abril, o MPT, em nível nacional realiza a campanha “Abril Verde”, que tem o objetivo de chamar atenção para os elevados índices de acidentes de trabalho e as consequências disso para a saúde do trabalhador e para a economia do país. O foco é ressaltar que os acidentes podem ser evitados adotando as normas regulamentadoras de saúde e segurança do trabalho.

Apesar dos números já serem expressivos, o MPT acredita que os índices de acidentes com trabalhadores são ainda maiores. A estimativa é de que haja uma subnotificação de, pelo menos, 30,4% dos casos. “É por isso que, estamos constantemente chamando a atenção para a necessidade de notificação dos casos”, finaliza a procuradora.

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