Brasil ganha destaque no mundo com políticas públicas de combate à fome e à pobreza

Iniciativas nacionais e internacionais são debatidas no âmbito da construção da Aliança Global contra a Fome.

O Brasil vem se destacando como uma referência na implementação de políticas públicas eficazes no combate à fome e à pobreza, ganhando reconhecimento internacional e acumulando prêmios por suas iniciativas bem-sucedidas, como o Bolsa Família, o Cadastro Único e o Programa Cisternas.

Este ano, o país está à frente da construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma das prioridades do Brasil na liderança do G20. Esta aliança visa compartilhar experiências e programas sociais já implementados, considerados eficientes, para que outros países possam adotá-los e adaptá-los às suas realidades locais.

Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, a Aliança Global incluirá uma variedade de programas sociais já testados e aprovados, muitos dos quais brasileiros, como o Bolsa Família. “A Aliança terá uma cesta de programas sociais já implementados e considerados eficientes, que os países que aderirem deverão escolher e aplicar, entre eles muitos brasileiros”, explica o ministro.

Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania do MDS, ressalta que o Bolsa Família serviu de modelo para políticas de combate à pobreza em mais de 80 países, graças não apenas à transferência de renda, mas também às condicionalidades que promovem o desenvolvimento infantil.

.G20 Teresina

Políticas públicas bem-sucedidas de segurança alimentar e diminuição da pobreza, baseadas em experiências como a do projeto que transformou a vida de 36 mil famílias de agricultores em 89 municípios do semiárido no Piauí, estão sendo debatidas no âmbito da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza no G20.

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Foto: Governo do Piauí.

A cesta de experiências que deve compor a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza pode utilizar exemplos exitosos como a parceria do Governo do Piauí com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) – uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) – que tem como missão permitir que populações rurais em países em desenvolvimento superem a pobreza por meio de projetos como o de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido – Viva o Semiárido (PVSA) que alterou, de forma significativa e positiva, os indicadores de 36.111 famílias de 89 municípios do sertão piauiense.

Um dos exemplos de sucesso do programa é a agricultora familiar Milena Martins, da Comunidade Quilombola São Martins, em Paulistana. Ela destaca que o Programa Viva o Semiárido “fez uma revolução” na comunidade em que vive. “Houve melhorias na nossa vida e estamos vendendo a produção para o Programa de Alimentação Sustentável (PAS)”, contou a agricultora.

O investimento na apicultura também rendeu bons frutos para o Piauí, que disparou na produção de mel, tornando-se o maior exportador no Brasil. Em 2022, por exemplo, produziu mais de 8 mil toneladas do produto, gerando R$ 121 milhões. Outro exemplo de política de êxito é o Programa Alimentação Saudável ( veja vídeo abaixo).

Entre 22 e 24 de maio, a Força-Tarefa montada para consolidar essa iniciativa terá sua segunda reunião presencial, em Teresina (PI), com a participação de 52 delegações internacionais, com objetivo de consolidar os instrumentos fundadores da Aliança Global. A expectativa é que a Aliança seja lançada no fim do ano, durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

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