Corso 2023 movimenta economia local e atrai turistas para a capital

O tradicional Corso do Zé Pereira é um evento bastante aguardado na programação carnavalesca de Teresina desde a sua primeira edição e, após dois anos ausente devido a pandemia da Covid-19, o evento segue tendo enorme importância, visto que tem o título de maior desfile de carros alegóricos do mundo, oficializado pelo Guinness Book, em 2012.

Para além disso, a edição do Corso 2023 também é sinônimo de turismo e empreendedorismo, possibilitando o aumento no fluxo de serviços movimentando a economia local desde o setor hoteleiro, restaurantes e demais negócios, como também a geração de empregos por parte dos vendedores ambulantes, que utilizam o espaço do evento para conseguir renda extra.

Como é o caso de Cristiane Pereira, que já participou do Corso em outras edições e em 2023 esteve vendendo o tradicional “arrumadinho”, dentre outros tipos de comidas e bebidas, para receber uma renda extra e ajudar a pagar as contas de casa. “É muito bom estar participando do evento, já que a gente consegue vender bem e, dessa forma, consigo conquistar uma renda extra, pois tenho meu trabalho fixo como doméstica. Com o que já faturei, garanti as compras do supermercado, o pagamento de algumas contas e vou conseguir resolver muitas demandas em casa”, afirmou.

Já o vendedor ambulante, José Henrique, relatou que saiu de bicicleta do Parque Piauí, na zona sul de Teresina, para vender bichos de pelúcia no evento, por considerar o local uma excelente oportunidade de ganhos. “Tenho mercadoria para os mais variados gostos e públicos, do infantil até mesmo o adulto. O ambiente está muito animado e movimentado, tenho certeza que até o encerramento dos trabalhos de hoje conseguirei vender bastante”, concluiu.

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Vendedor ambulante, José Henrique, saiu da zona Sul para vender bichos de pelúcia no corso. Foto (Ascom/Semdec)

A atividade econômica de Teresina se beneficia em ambas as situações: por um lado, o próprio teresinense faz circular a moeda, quando consome os serviços ao redor do Corso; do outro lado, os turistas injetam moeda nova na economia local. Em função do Corso a arrecadação da capital piauiense cresceu ao longo dos anos, com uma média de R$134,00 por pessoa em 2020, gerando uma receita de R$18,8 milhões, dos quais 28% foram gerados pelos turistas.

“Pela sua magnitude, o Corso é um evento que recebe muitos turistas, tanto do interior como de outros estados. Durante a última pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, em 2020, ficou constatado que 36,2% dos turistas são provenientes do interior do Piauí e 63,8% de outros estados brasileiros”, esclareceu o secretário da SEMDEC, Iran Felinto.

Nilmaria Freire, natural de Barra Grande, litoral do Piauí, afirma que essa foi a sua primeira vez no Corso de Teresina. “Vim a convite de familiares e amigos. Já andei por diversas cidades do Brasil nesse período e queria outras opções para o carnaval deste ano, e gostei muito do Corso, além de considerar bastante seguro pelo grande contingente de policiamento que pude presenciar circulando pelo local”, pontuou a turista.

Turista Nilmaria

Nilmaria Freire, natural de Barra Grande, litoral do Piauí, afirma que essa foi a sua primeira vez no Corso de Teresina. Foto (Ascom/Semdec)

Equipe de Pesquisadores no Corso

Com o intuito de avaliar os impactos econômicos do Corso no município, a prefeitura de Teresina através Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEMDEC) esteve realizando uma pesquisa entre os foliões. As pesquisas haviam sido suspensas em 2020, quando aconteceu o último Corso que antecedeu a pandemia da Covid-19, que levou à suspensão do evento nos anos 2021 e 2022.

Este ano, o questionário contemplou apenas os aspectos econômicos, como gasto médio, número de pessoas inclusas no gasto, permanência média, origem do folião e uma avaliação pela atribuição de notas de zero a dez, sobre organização geral do Corso, que é de responsabilidade da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves.

A pesquisa teve uma amostra de 300 questionários, com margem de erro iguala a 5% e nível de confiança de 95%. A aplicação de campo foi realizada por alunos do Curso de Turismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e por técnicos da coordenação de Turismo da SEMDEC.

PESQUISADORAS

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