Crianças envenenadas por vizinha estão internadas em UTI de Teresina

As vítimas estão em coma e dependem de aparelhos para respirar

Duas crianças, Wlices Gabriel Silva, de 8 anos, e seu irmão, João Miguel Silva, de 7 anos, seguem internadas em estado grave na UTI Pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ambos foram transferidos na noite de sábado (24) após serem envenenados no município de Parnaíba, no litoral do Piauí. As vítimas estão em coma e dependem de aparelhos para respirar.

ENTENDA O CASO

O caso teve início na quinta-feira (22), quando as crianças, que moram no Conjunto Dom Rufino 2, no bairro Primavera, consumiram frutas envenenadas oferecidas por uma mulher suspeita. Logo após a ingestão, os meninos passaram mal e foram levados às pressas para atendimento médico, sendo posteriormente transferidos ao HUT devido à gravidade do quadro.

A suspeita foi presa na tarde de sexta-feira (23), em uma operação que demandou reforço policial para evitar um possível linchamento. Durante a detenção, populares se aglomeraram no local, revoltados com a situação. Mesmo com a presença de uma viatura para proteger a residência da acusada, o imóvel foi incendiado por moradores na noite de sexta-feira. Vídeos do incêndio circularam nas redes sociais, mostrando a comoção da comunidade.

HISTÓRICO DE CONFLITOS

Segundo informações da Polícia Civil, testemunhas afirmaram que a mulher já tinha um histórico de conflitos com os vizinhos, incluindo denúncias de envenenamento de animais na região. Além disso, ela possui antecedentes criminais que reforçam as suspeitas sobre sua responsabilidade no caso. A acusada foi encaminhada para a Central de Flagrantes de Parnaíba, onde permanece à disposição da Justiça.

PRISÃO PREVENTIVA

Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos, suspeita de envenenar dois irmãos, teve a prisão preventiva decretada após audiência de custódia realizada no último domingo (25). O juiz do Núcleo de Plantão/Parnaíba, Marcos Antonio Moura Mendes, afirmou que a materialidade do crime de tentativa de homicídio está demonstrada pelos elementos que já encontrados pela investigação e a suspeita possui histórico de de agressão a crianças. “Existem indícios de autoria (veneno encontrado na residência da indiciada; existência de cajueiro em frutificação no quintal da residência dela; histórico de agressões a crianças, segundo o relato de vizinhos)  considerando-se o histórico relaconsiderando-se o histórico relatado nos autos (lesão corporal com água quente em crianças, por exemplo). O risco de reiteração de crimes contra crianças impõe a conversão do flagrante em prisão preventiva”, disse.

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