Ex-arcebispo de Teresina morre aos 95 anos vítima da Covid-19

Foto: Arquidiocese de Brasília/Divulgação

O cardeal Dom José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília e ex-arcebispo de Teresina, morreu, nesse domingo (27), vítima da Covid-19. O religioso tinha 95 anos e estava internado no Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, desde 17 de setembro.

Segundo informações da Arquidiocese de Brasília, o sacerdote foi internado após tentar positivo para o novo coronavírus. Em seguida, em 24 de setembro, Dom Falcão teve piora do quadro respiratório renal e precisou ser intubado.

“Sua ausência é sentida profundamente por toda a Arquidiocese de Brasília, amigos e fiéis”, disse a arquidiocese.

A entidade religiosa disse ainda que Dom José deixou “numerosas obras pastorais” durante os 20 anos que atuou na igreja. Ainda não há informações sobre o velório.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) lamentou a morte do sacerdote. Em uma rede social, o chefe do Executivo disse que “Brasília perde um de seus maiores guias religiosos”.

A arquidioce de Teresina também divulgou nota lamentado a morte de Dom José Freire Falcão.

Sonho

Cearense, José Freire Falcão nasceu em 23 de outubro de 1925. Segundo a Arquidiocese de Brasília, ele foi incentivado pela família a realizar o próprio sonho: ser sacerdote.

O religioso entrou para o seminário, em Fortaleza, aos 14 anos. Em 1949 ele se tornou padre e, em 1967, foi feito bispo, no Ceará.

Em 1971, Dom José Freire se tornou arcebispo no Piauí, onde permaneceu até 1984, quando foi transferido para Brasília.

Dom José se tornou cardeal em 1988. Em 2005, ele participou inclusive do funeral de João Paulo II e do conclave que elegeu o Papa Bento XVI. O sacerdote foi o segundo arcebispo de Brasília, ficando à frente da Arquidiocese entre 1984 e 2004, quando se aposentou.

No trabalho como arcebispo, a Arquidiocese disse que o religioso ordenou diversos padres e criou várias paróquias na capital. “Ainda em seu governo, preparou a recepção ao Papa em 1991, criou a Casa do Clero e estimulou os movimentos eclesiais, entre outros trabalhos”.

Walder Galvão, g1 DF

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