O delegado Matheus Zanatta esclareceu que a Polícia já descartou a versão de que a criança teria sido raptada e agora trabalha com outras linhas de investigação, inclusive, a de que o pequeno Wesley “pode ter sido sacrificado em um ritual”.
Transcrição na íntegra da entrevista:
A Polícia Civil fez várias diligências no final de semana, no caso da criança sequestrada e conseguiu progredir nas investigações cumprindo quatro prisões temporárias, sendo do pai e da mãe da criança e também dos avós da criança. Eles já foram interrogados e existem alguns fatos controversos e obscuros que precisam ser esclarecidos.
A Polícia Civil descarta já a hipótese de sequestro dessa criança e trabalha com outras linhas de investigação e uma delas é que a família da vítima ficou em jejum duas semanas orando e depois sacrificou essa criança colocando fogo em seu corpo.
As investigações continuam com intuito de esclarecer a verdade, iremos fazer perícia no local onde for indicado que a criança foi morta e sacrificada, para trazer elementos técnicos para o bojo das investigações.
Entrevista com o delegado:
Início do caso
O caso veio à tona quando a tia da criança, Socorro Ferreira, decidiu visitar a irmã Ângela no sentido de levá-la junto com o sobrinho para ver a avó do garoto, que se queixava de saudades do neto. Contudo, chegando ao povoado Santa Teresa, na zona rural do município de Altos, a mulher não encontrou a irmã em casa. Ela havia se mudado para a Vila Uruguai.
Socorro então conseguiu o novo endereço e lá chegando foi que soube que Wesley estava sumido. Ângela contou à irmã a história do sequestro e disse que não prestou queixa na delegacia porque estaria sendo ameaçada pelos supostos sequestradores.
Dessa forma, Socorro tomou iniciativa e formalizou a denúncia, já mais de 40 dias após o sumiço da criança. Com a Polícia Civil investigando o caso, delegados passaram a considerar a possibilidade de homicídio com ocultação de cadáver.
B.O. após 42 dias
A criança está desaparecida desde o último 29 de dezembro de 2021, porém, o caso só chegou ao conhecimento das autoridades policiais em 9 de fevereiro e passou a ser divulgado na imprensa piauiense por volta do dia 15 deste mês.
Inicialmente o crime foi divulgado como desaparecimento e sequestro da criança, uma vez que a mãe do bebê, Ângela Valéria Ferreiro, teria relatado que Wesley foi sequestrado por bandidos armados e encapuzados na Praça da Bandeira, Centro da capital, quando estava ela, o bebê e seu marido estavam sentados em um banco da praça.
A partir de então, a Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), deu início às investigações sobre o caso. Diligências foram realizadas no sentido de localizar o corpo da criança ou os supostos bandidos.
Informações RepórterPonto50