Nesta manhã, Teresina acordou sem ônibus. Os motoristas e cobradores decidiram, nesta segunda-feira (13), iniciar uma greve por tempo indeterminado.
A assembleia para aprovar as atividades da paralisação está acontecendo na sede do Sindicato. Assim, nenhum dos veículos está circulando pela cidade.
Os motoristas e cobradores do Piauí reivindicam a assinatura da convenção coletiva com os reajustes salariais. Por conta dessa reivindicação, os trabalhadores estão parados desde o último domingo (11), tendo os serviços de transporte rodoviário interrompidos.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transporte Rodoviários do Piauí (Sintetro), Cláudio Gomes, os trabalhadores estão revoltados e esperam que a empresa atenda aos pedidos. “Nossa exigência é a assinatura da convenção para termos os reajustes salariais que estão sendo discutidos”, explicou.
No sábado (11), o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, se reuniu com o prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) para discutir o movimento grevista. “Foi um pedido do prefeito para eu media-lo e chegar a um acordo, mas isso vai depender muito dos trabalhadores.
Se o prefeito realmente quiser isso, ele que se comprometa não comigo, mas com a categoria”, disse Cardoso. Ao ser questionado sobre a proposta apresentada pelo prefeito, Cardoso afirmou que ela traz benefícios à classe de trabalhadores do transporte coletivo em Teresina, mas não pôde adiantar detalhes. “Eu não posso dar detalhes porque ficou off.
Mas, de certa forma, ela não é 100%, mas beneficia a categoria em alguns pontos. E a gente sabe que algumas empresas querem continuar trabalhando aqui em Teresina”, destacou. Agora, os trabalhadores farão uma assembleia para decidir se suspenderão ou não a greve deflagrada naquela mesma manhã.
Nesta segunda-feira (28), os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina iniciaram uma paralisação por tempo indeterminado.
O movimento aconteceu após o fracasso da reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro) e os empresários de ônibus, realizada na última sexta-feira (11), que não acabou em consenso.
Os trabalhadores reivindicam a assinatura de uma convenção coletiva, um reajuste salarial de R$ 2.830 com jornada de 7h20, o ticket alimentação de R$ 600 e o plano de saúde.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirmou que ofereceu um aumento de 6% acima da inflação, além de 30% do auxílio saúde e 25% do vale-alimentação, mas o acordo não foi possível.
Assim, a população teve que recorrer a outras alternativas de deslocamento para cumprir com seus compromissos.
Confira a nota na íntegra:
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que na tarde desta sexta-feira (10), a entidade esteve reunida, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), juntamente com a Procuradoria Regional do Trabalho, Prefeitura de Teresina e os dois sindicatos, patronal e laboral, onde foram amplamente discutidas todas as questões que envolvem uma negociação salarial a respeito do transporte urbano, serviço público essencial para toda a sociedade.
Ao final, o sindicato patronal, sensibilizado, após os apelos do Desembargador Manoel Edilson, Procurador Chefe do Trabalho Dr Edno, bem como dos representantes da prefeitura, ofertou para seus colaboradores, num esforço sobre-humano, um reajuste de 6% nos salários (a inflação está em 5,7% ), 20% no auxílio alimentação e 33% no auxílio saúde. Para surpresa de todos e indignação dos representantes do setut, os sindicalistas, representantes. sindicato dos motoristas, não aceitaram a proposta e afirmaram, categoricamente, que iriam manter a greve, com indicativo de iniciar na segunda-feira, em desrespeito total à população teresinense.
O Setut reitera seu total compromisso com a população da capital, buscando diálogo permanente tanto com o sindicato laboral, quanto com a Prefeitura, para manter o bom funcionamento do sistema de transporte da capital.
ManchetNet