Silvio Mendes revela dívida bilionária da PMT e não descarta extinguir novas secretarias

Gestor afirma que rombo nas contas públicas ultrapassa R$ 1 bilhão e admite novas medidas duras para evitar colapso nos serviços essenciais

 

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), revelou nesta segunda-feira (5) que a dívida da Prefeitura já ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão, um montante muito superior ao que era estimado até então. O gestor também anunciou que novas medidas de contenção de gastos serão adotadas para tentar reequilibrar as finanças do município, incluindo a possibilidade de extinguir mais secretarias.

“O que se noticiava das dificuldades orçamentárias e financeiras da Prefeitura são muito maiores do que você poderia imaginar, do que eu imaginava”, afirmou o prefeito. “Já foi identificada uma dívida de quase R$ 500 milhões e há uma outra, ainda maior, que eleva esse total para mais de R$ 1 bilhão”, completou.

Para enfrentar o cenário de crise, Silvio Mendes destacou que já adotou diversas ações, como a extinção de cinco secretarias, redução de cargos comissionados e cortes em outras áreas administrativas. No entanto, segundo ele, as medidas não foram suficientes para estancar o desequilíbrio fiscal, que continua comprometendo o orçamento da capital.

“Nós estamos ainda com um desequilíbrio fiscal, seja orçamentário, seja financeiro. E é preciso tomar muitas medidas duras, que eu não gostaria de tomar, mas são necessárias”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de novas extinções de órgãos, o prefeito não descartou: “Se for necessário, sim”, declarou. “É preciso equilibrar, cumprir a lei, garantir que tenhamos medicamentos nos hospitais e a cidade limpa. Temos que ter prioridades”, acrescentou.

O prefeito informou ainda que foi criada uma comissão técnica para analisar novas medidas de contenção. O grupo é formado por representantes da Secretaria de Administração, Procuradoria Geral do Município, Secretarias de Planejamento, Finanças, Fundação Municipal de Saúde e Educação.

Os valores das dívidas estão sendo analisados em conjunto com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI). De acordo com o prefeito, muitos dos débitos em aberto podem não ter respaldo legal. “Nós mandamos os processos para o Tribunal de Contas. Muitos não merecem ser pagos. Vamos aguardar a manifestação do TCE e só pagaremos o que for correto”, concluiu.

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