Ele é investigado por suposto envolvimento em um esquema de propina
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus feito pelo advogado e ex-assessor do Ministério Público do Piauí, André Bispo, para retirada da tornozeleira eletrônica. Ele é investigado por suposto envolvimento em um esquema de propina.
A decisão foi proferida em 9 de abril pelo ministro Og Fernandes, que considerou as medidas cautelares ainda necessárias para garantir a regularidade da instrução criminal e prevenir novas infrações. O advogado está sob monitoramento há mais de 200 dias e afirma que a situação prejudica o exercício da advocacia.
O processo apura o suposto pagamento de propina para o arquivamento de uma investigação contra o empresário Junno Pinheiro Campos de Sousa. Também é réu no caso o promotor de Justiça Maurício Verdejo, ex-assessorado por André Bispo.
A defesa argumentou que a denúncia já foi recebida pela Justiça e que a tornozeleira seria desnecessária, ressaltando que a própria vítima afirmou que o ex-assessor não participou do crime. Ainda assim, o ministro manteve a cautelar.
A investigação faz parte da Operação Iscariotes, deflagrada em agosto, que apura a suposta solicitação de R$ 3 milhões por parte do promotor para encerrar a investigação contra o empresário.