A instituição concluiu que a interrupção do serviço pode afetar o cumprimento das atividades acadêmicas por parte da comunidade discente. Motoristas e cobradores entraram em greve na segunda-feira (13).
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) autorizou que chefes de departamento e coordenadores de cursos de graduação em Teresina adotem o ensino remoto a partir desta quarta-feira (15), em virtude da greve dos trabalhadores do transporte público da capital.
A instituição concluiu que a interrupção do serviço pode afetar o cumprimento das atividades acadêmicas por parte da comunidade discente.
“As atividades acadêmicas de finalização do período letivo 2022.2 poderão ocorrer por meio do uso de tecnologias digitais, em caráter extraordinário, conforme decisão do corpo docente, considerando as especificidades dos componentes curriculares administrados nos cursos de graduação presenciais”, informou.
Em comunicado, a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG) pontuou ainda que o atual período letivo, 2022.2, tem término previsto para 3 de abril deste ano.
Greve na capital

População amanhece sem transporte em Teresina pelo 3º dia e trabalhadores protestam — Foto: Andrê Nascimento/g1
Nesta quarta-feira (15), a população de Teresina amanheceu sem ônibus nas ruas pelo terceiro dia, mesmo após a determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI) para circulação de 100% da frota nos horários de pico, como no início da manhã, e 80% nos demais horários. Sem acordo sobre o reajuste salarial, os trabalhadores do transporte iniciaram o dia com protestos.
Logo nas primeiras horas da manhã, usuários relataram que não viram nenhum ônibus circular na cidade. O g1 também verificou alguns trechos e não identificou nenhum veículo do transporte público regular da capital ou mesmo os veículos cadastrados pela Prefeitura para o transporte alternativo durante a greve.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sintetro), a falta de transporte nas ruas se deve à ação dos próprios trabalhadores que decidiram permanecer de braços cruzados em protesto contra a falta de acordo sobre o reajuste dos salários.
“Nós ainda não fomos notificados. Talvez o desembargador não saiba, mas a gente tem que trabalhar como escravo porque estamos há 45 dias sem receber pagamento. Nós não temos condição de pagar multa de R$ 50 mil por dia não porque estou é com dois meses de salário atrasado”, declarou o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso.
Protestos

População amanhece sem transporte em Teresina pelo 3º dia e trabalhadores protestam — Foto: Andrê Nascimento/g1
Como forma de manifestação, alguns motoristas e cobradores fecharam a Avenida Marechal Castelo Branco, onde ficam a Câmara Municipal de Teresina e a Assembleia Legislativa do Piauí.
Informações g1Pi