Varíola dos macacos pode afetar os olhos, afirma especialista

A oftalmologista Walda Eulálio Santos orienta as pessoas a observarem as manifestações clínicas de ordem oftalmológica

A varíola dos macacos já é uma realidade no Brasil e no Piauí, com casos confirmados em um verdadeiro surto da doença. Muita gente não sabe, mas a infecção viral pode trazer manifestações clínicas oftalmológicas.

De acordo com a médica oftalmologista Walda Eulálio Santos, especialista em retina, é preciso observar com atenção alguns sintomas. “A varíola dos macacos pode ser um  perigo para a saúde ocular. As lesões podem se concentrar tanto na região da pálpebra como também na conjuntiva”, revela.

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Oftalmologista Walda Eulálio Santos

Outro fator de risco da doença, que é transmitida do macaco para os seres humanos, que também se infectam entre si, é a chamada úlcera de córnea. “Isso pode deixar a visão embaçada. Nestes casos, a automedicação pode ser perigosa, por isso o ideal é buscar orientação médica”, acrescenta.

A varíola dos macacos inicia com um quadro de dores no corpo, cabeça e febre. Em cinco dias evolui para o quadro clássico de feridas com pus espalhadas pela pele, sobretudo nos membros e órgãos genitais, as chamadas póstulas. O tratamento é feito de acordo com os sintomas e o período de incubação pode ser de até 12 dias, em média.

Para prevenir a doença, é necessário adotar algumas medidas simples. “Lavar as mãos com frequência, manter os olhos lubrificados e evitar levar as mãos aos olhos evitam esse tipo de complicação”, finaliza Walda Eulálio Santos.

Tempo seco também prejudica os olhos

Agosto trouxe ao Piauí ventos, altas temperaturas e o período mais seco do ano, com umidade do ar que pode chegar a valores inferiores a 20%, o que lembra um deserto. Isso também pode prejudicar os olhos.

Walda Eulálio Santos, oftalmologista, lembra dos cuidados necessários. “O tempo seco pode prejudicar pacientes que já tenham histórico de olho seco. Isso porque a redução da umidade relativa do ar também afeta os tecidos moles, como as mucosas e a própria esclera ocular. Isso pode desencadear em uma coceira, que pode levar até a um caso de conjuntivite alérgica. O ideal é caprichar na hidratação e optar por umidificadores de ar, por exemplo”, explica.

O olho quando fica muito seco ele fica mais vulnerável a agressões externas, além de mais fragilizado. “É importante o acompanhamento oftalmológico porque o médico pode prescrever colírios que atenuem essa situação. O importante é que não aconteça automedicação. Quem passa muito tempo em frente a computadores também pode sofrer mais com este tipo de problema”, finaliza.

Colaboração
Lucrécio Arrais
para o Portal Diário do Piauí

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