Os ânimos inflamados foram provocados durante a votação do projeto dos ambulantes
Os vereadores Gustavo de Carvalho (PSDB) e Antônio José Lira (Republicanos) protagonizaram uma discussão no Plenário da Câmara de Teresina, durante a sessão desta terça-feira (17). Os ânimos inflamados foram provocados durante a votação do projeto sobre a regularização dos trabalhadores ambulantes do Centro de Teresina.
A sessão foi transmitida ao vivo pelas redes sociais. Gustavo de Carvalho afirmou ser contra o texto, que concede alvará de operação aos ambulantes mediante pagamento de taxas, e defendeu a construção de um espaço aos trabalhadores.
A postura diverge da orientação do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos), que direcionou voto favorável. Gustavo de Carvalho disse que abre mão de suas indicações para cargos na Prefeitura e acusou Antônio José Lira de afugentar aliados da base do prefeito.
“Quero dizer a vossa excelência de que estou à disposição do prefeito. Meus cargos estão à disposição. Hoje levou a Pollyanna [Rocha] para a oposição e quero dizer que estou à disposição para ir para a oposição. Sou independente no meu mandato. O senhor fique à vontade”, disparou Carvalho.

Voto ausente
O Projeto de Lei n° 275/2023, que dispõe sobre a atividade dos ambulantes, chegou ao Plenário para votação. Antônio José Lira protocolou o pedido para tramitação em regime de urgência.
Para isso, a solicitação precisaria contar com o parecer favorável de pelo menos 15 vereadores. Mas, apenas 14 parlamentares seguiram a orientação do líder. O vereador Antônio José Lira acusou Gustavo de Carvalho de traição.
“O voto que faltou hoje por Teresina foi desse vereador. Ele tem secretaria, não defende a gestão, trai a gestão, abusa da boa fé do prefeito e hoje está aí. Deveria sair, ir ao Palácio da Cidade e devolver os cargos que ele têm”, afirmou.

Tramitação
A sessão foi encerrada antes da conclusão dos pronunciamentos finais dos vereadores. Com a negativa para o regime de urgência, a matéria seguiu para tramitação em caráter normal.
O texto foi encaminhado à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), presidida pelo vereador Venâncio Cardoso (PSDB). Por 4 a 1, a matéria foi barrada na CCJ, sob alegação de inconstitucionalidade, e encerrou a tramitação na Câmara.
reprodução: Clube News