Um ano após os atos de 8 de janeiro. Como está a extrema direita no Brasil?

Decorrido um ano após os atos de 8 de janeiro, a extrema direita, enquanto movimento político, continua organizada, bastante ativa e com uma forte comunicação, na opinião do professor de Relações Internacionais da ESPM, Fabio Andrade. “A extrema direita possui muita representação nas instituições democráticas e em diversos órgãos executivos brasileiros. Ocupam postos nos poderes executivos estaduais e municipais, mas principalmente, nos legislativos, seja federal, estadual e municipal”, diz. Porém, segundo o professor, sua popularidade será testada nas próximas eleições municipais. 

AZ1 36
Manifestantes fazem ato contra governo no dia 8 de janeiro 2023

Os grupos extremistas continuam fortalecidos, apesar dos limites impostos pela justiça brasileira após o 8 de janeiro. “Ainda que existam alguns questionamentos, que são comuns em processos mais massivos, o Supremo mostrou que é um órgão capaz de impor limites a ímpetos desses grupos questionadores das instituições”, diz Andrade. Tais grupos ainda se inspiram em um imaginário do ex-presidente Jair Bolsonaro, na ausência de uma figura que ocupe o seu lugar.  “O fato é que, atualmente, não tem alguém que ocupe esse ponto da popularidade. Mesmo que inelegível por oito anos, Bolsonaro não é carta fora do baralho. É o segundo político com fortíssimo apelo popular no Brasil.” 

image 6
image 3

Provavelmente, Bolsonaro não terá uma nova disputa com Luiz Inácio Lula da Silva, outro político com grande popularidade. “Bolsonaro deve ficar em silêncio por um tempo, mas é uma figura que deve voltar forte no cenário mais breve possível, que seria 2030”, finaliza. 

image 5

Fonte: Fabio Andrade – professor de Relações Internacionais da ESPM 

*fotos: Agência Brasil

Deixe um comentário

Veja também...