Preços do petróleo atingem maior patamar desde 2014 com tensão geopolítica e sinais de oferta apertada

A sessão desta terça-feira (18) é de ganhos expressivos para os preços do petróleo, que atingem o maior patamar desde 2014, por conta de tensões geopolíticas em um contexto de perspectiva de oferta já apertada.

Às 13h (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo WTI com vencimento em fevereiro de 2022 avançavam 1,79%, a US$ 85,32 o barril, enquanto os contratos do brent com vencimento em março avançavam 0,97%, a US$ 87,32 o barril.

As preocupações com a oferta aumentaram esta semana depois que o grupo houthi do Iêmen atacou os Emirados Árabes Unidos, aumentando as hostilidades entre o grupo alinhado ao Irã e uma coalizão liderada pela Arábia Saudita.

A empresa petrolífera dos Emirados Árabes Unidos disse que ativou planos de continuidade de negócios para garantir o fornecimento ininterrupto de produtos a seus clientes locais e internacionais após um incidente em seu depósito de combustível em Mussafah.

Também aumentando os prêmios de preços geopolíticos estão as crescentes tensões entre a Ucrânia e a Rússia, membro da Opep+.

Além disso, alguns produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estão lutando para bombear em suas capacidades permitidas sob um acordo com a Rússia e aliados para adicionar 400 mil barris por dia a cada mês.

“O preço do petróleo nesse nível, coloca em risco o processo de desinflação global prevista para este ano. A tendência é impulsionada pela forte demanda nas maiores regiões consumidoras do mundo, como EUA e Europa, e está acontecendo apesar da sinalização do Fed de uma política monetária mais apertada à frente. A tensão renovada no Golfo Pérsico, responsável por cerca de 40% do petróleo transoceânico no mundo, também contribui para pressionar os preços”, avalia a equipe de análise da XP.

Fonte: Infomoney

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Bomba de petróleo em Midland, no Texas, EUA. 22/08/2018 REUTERS/Nick Oxford

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